São 101 anos de idade. Um senhor vigoroso, de lembranças memoráveis,
milhões de filhos, netos, bisnetos, amigos e fiéis seguidores. O "seo"
Corinthians, a essa altura da vida, ainda consegue ter orgulho de dizer
que fez algo pela primeira vez. E não é algo qualquer. É a tão sonhada
final da Libertadores. O empate por 1 a 1 com o Santos, no Pacaembu,
levou a equipe à decisão inédita. Agora faltam só dois jogos para o
Timão conquistar seu título mais desejado.
A aposta de muitos que torciam contra era de que o Corinthians entraria
em parafuso se sofresse um gol. Pois sofreu. E de Neymar, daquele que
mais metia medo na torcida. Mas os 101 anos, enfim, pesaram a favor.
Ninguém se assustou, ninguém ficou nervoso além da conta. Controlado, o
Timão mudou de jogador, mudou de posutra, mudou o placar e mudou a
expressão em milhares de pessoas no Pacaembu. O gol de Danilo fez a
noite de 20 de junho de 2012 se tornar histórica. Talvez num dos jogos
mais importantes da vida desse velho "senhor". E com a certeza de que
dois mais importantes ainda estão por vir na final.
O Santos era o atual campeão, mas não atuou como campeão. Seus 100 anos
recém-completados pareciam pesar. Não teve postura de pressionar, mesmo
precisando de um gol durante quase toda partida. O problema de Neymar
não foi cansaço, mas sim disputar uma partida num ritmo muito abaixo dos
rivais. Ritmo adotado pelos companheiros, apáticos.
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